segunda-feira, 31 de maio de 2010

As profissões mais promissoras em 2018 nos EUA

Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulga ranking com as carreiras com maiores chances de crescimento nos próximos oito anos

Talita Abrantes, de EXAME.com

São Paulo - Como será o mercado de trabalho em 2018? Com base em projeções econômicas e sociais, o Departamento de Trabalho Americano respondeu a essa pergunta e projetou as 30 profissões que devem ter maior crescimento nos próximos oito anos.

De acordo com a pesquisa, as carreiras da área de saúde são as mais promissoras nesse sentido. Das 30 profissões com maiores chances de desenvolvimento do mercado de trabalho, 20 são ligadas ao setor.

Exemplo disso é a área de engenharia biomédica. Puxada pelo envelhecimento da população, a carreira lidera o ranking das profissões mais promissoras. Estima-se que, no período de 2008 a 2018, esse mercado cresça em até 72%.

A área de tecnologia da informação vem logo em seguida. De acordo com a projeção, cargos de análise de sistemas devem aumentar em 53 %. A pesquisa prevê também um crescimento do mercado para bioquimícos e profissionais de educação física.A previsão de crescimento do mercado de trabalho americano para o período é de 10,1%.

No Brasil, a expectativa é de que até o fim do ano sejam criados 2,5 milhões de empregos. Engenheiros e profissionais de tecnologia de informação integram a lista de profissões onde há mais carência de pessoal qualificado. A previsão é de que as profissões ligadas ao pré-sal estejam em alta nos próximos anos.



Confira a lista das profissões que mais devem crescer nos próximos anos no mercado de trabalho americano


1. Engenheiros Biomédicos

O envelhecimento da população somado à crescente demanda por serviços médicos deve aumentar a procura por tecnologia ligada a saúde. Nesse cenário, os engenheiros biomédicos entrarão em ação para desenvolver soluções para a área. De acordo com a pesquisa do governo americano, o mercado no setor deve crescer 72% até 2018.

2. Analistas de sistemas

A tendência de crescimento do mercado de profissionais capazes de projetar as redes e sistemas de informação das empresas deve continuar nos próximos anos. De acordo com a projeção, os analistas de sistemas terão 53% mais oportunidades de emprego em 2018 do que em 2008.

3. Serviços de cuidados com a saúde em casa

O envelhecimento da população também será crucial para o crescimento da demanda por pessoas especializadas em cuidados rotineiros da saúde. Os postos de trabalho atrairão tanto profissionais com nível superior, como enfermeiros, quanto de nível médio e técnico, como acompanhantes. O mercado no setor deve crescer 50% nos próximos anos.

4. Profissionais de home care

Outra área que será impulsionada pelo crescimento do número de idosos é a de profissionais de saúde habilitados para fazer atendimento em casa. De acordo com a pesquisa, a procura por essas pessoas deve aumentar em 46%.

5. Analistas financeiros

Seguindo uma tendência mundial de crescimento do mercado de finanças, analistas de investimentos devem encontrar em 2018 um cenário profissional 41,2% maior do que em 2008.

6. Cientistas da área de saúde

A indústria farmacêutica e de biotecnologia puxará a procura por pesquisadores nas áreas de saúde. O crescimento do mercado será de 40,4%. Epidemiologistas não foram listados.

7. Residentes

A procura por médicos recém-formados para abastecer as equipes de residência dos hospitais também estará em franca ascensão nos próximos anos. O crescimento do setor será de 39%.

8. Profissionais ligados ao tratamento da pele

Os esteticistas serão os principais beneficiados pelo crescimento do mercado de cuidados com a pele. Mas, dermatologistas e outras carreiras ligadas ao setor também devem aproveitar de mais oportunidades de emprego. A previsão é de que haja um aumento de 38% na área.

9. Bioquímicos e biofísicos

As oportunidades para os pesquisadores de bioquímica e biofísica devem crescer 23% nos próximos anos. Indústria da biotecnologia será principal recrutadora.

10. Treinadores

O mercado para profissionais formados em educação física estará aquecido em 2018, de acordo com a previsão. A procura será alta em empresas e instituições da área de educação. O índice de crescimento deve ser de 37%.


A pesquisa completa pode ser conferida no site do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos (http://www.bls.gov/oco/).

Em: 27/05/2010

Energia elétrica -> Matriz Brasil: a opçao pelas renováveis



Fonte: Ambiente Energia 1 - YouTube

Novo valor justo americano coloca convergência em risco

Contabilidade: Proposta prevê ampliação do uso da marcação a mercado, o que aumentará a lacuna entre regras dos EUA e internacionais.

Por Rachel Sanderson, Financial Times, de Londres

Bob Herz, presidente o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb), dos Estados Unidos, enfim, apresentou suas ideias sobre uma das questões mais controvertidas dos últimos dois anos: o da contabilização de instrumentos financeiros e uso do valor justo.

Sua resposta parece destinada a manter a questão tão polêmica quanto o era no calor da crise. Como diz Herz, ex-sócio da auditoria PwC nos EUA, "no geral, há mais valor justo" nessa nova proposta do que era padrão nas regras americanas e do que prevê as normas internacionais de contabilidade (IFRS).

O valor justo - que significa contabilizar os instrumentos financeiros valendo-se do valor de mercado - dos produtos complexos que compõem grande parte dos balanços dos bancos de investimento foi, é claro, um dos campos de batalha no recente desmoronamento dos mercados.

Os críticos, como o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e muitas autoridades reguladoras, atribuem a culpa da extrema instabilidade dos mercados ao método de avaliar os preços de ativos e passivos pelos preços de mercado vigentes.

Os defensores, como o Goldman Sachs e uma série de poderosos fundos mútuos e previdenciários dos Estados Unidos, argumentam que avaliar os ativos e créditos pelos preços de mercado está no melhor interesse dos investidores, por proporcionar a visão mais clara sobre o valor da companhia.

Herz parece ter ficado do lado dos investidores nesse argumento. Pelas propostas do Fasb, apresentadas anteontem, a avaliação de instrumentos financeiros será simplificada, mas haverá mais uso do valor justo do que nas normas americanas atuais ou do que em qualquer outro momento dos últimos anos.

Os créditos hipotecários, empresariais e ao consumidor geralmente são calculados pelo custo amortizado - método de avaliação de longo prazo e mais estável - pelas regras internacionais e americanas. O novo plano dos EUA exigiria que esses empréstimos sejam contabilizados pelo valor justo.

O custo amortizado apareceria como uma linha separada do balanço - certo consolo para os críticos do valor justo. Para os ativos financeiros que são mantidos com objetivo de receber juros e principal, o balanço teria de informar tanto o valor justo como o custo amortizado.

Os passivos financeiros seriam contabilizados de forma similar aos ativos.

Herz admite que o uso amplo do valor justo fará com que seu nome seja condenado em algumas partes. Reguladores e bancos de varejo com pequenas operações de negociação de valores mobiliários "não serão muito receptivos" sobre sua proposta de valor justo para os empréstimos, diz Herz.

A posição do Fasb também entra em confronto com a do Iasb, com quem tenta convergir. O órgão que determina as regras contábeis da maior parte do mundo, mas não dos EUA, propôs contabilizar pelo valor justo um número bem menor de instrumentos financeiros e um número maior pelo custo amortizado. Tendo em vista que a Comissão Europeia mostrou certa oposição à proposta do Iasb - argumentando que ainda há uso demasiado do valor justo - parece certo que os políticos e reguladores europeus terão uma opinião ainda mais crítica sobre o plano do Fasb.

A conclusão mais óbvia é a de que as chances de convergência das normas do Fasb e Iasb a tempo do prazo estimulado pelo G-20, grupo dos 20 países mais industrializados, em junho de 2011, parecem frágeis.

Por meses, o Fasb e Iasb deram a impressão de andar em direções opostas. Mas isso ocorreu a portas fechadas, onde era difícil, se não impossível, que investidores, reguladores, contadores e executivos - os verdadeiros clientes das normas contábeis - pudessem se envolver.

Ao trazer o conflito para terreno aberto, Herz pode ter proporcionado um último incentivo ao processo de convergência. Agora, cabe a todas as partes interessadas se certificarem de que não desperdiçarão a chance de um debate mais amplo.


Fonte: Valor Econômico



Nova Lei das S/A - Lei não quis obrigar limitadas a publicar balanços

Por Bernardo Vianna Freitas e Felipe Fernandes Ribeiro Maia

A edição da Lei 11.638/2007 propiciou o surgimento de acalorada discussão acerca da obrigatoriedade ou não de as sociedades limitadas de “grande porte” publicarem suas demonstrações financeiras, como deve ser feito pelas sociedades anônimas. Há apenas alguns dias, a questão sofreu significante reviravolta no Poder Judiciário. A polêmica surgiu em razão do artigo 3º da Lei 11.638/2007, que ampliou seu escopo de abrangência normativa para além das S/A, quando passou a compreender também as sociedades de “grande porte”, com ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões. A essas sociedades, independentemente de serem constituídas como S/A, aplicam-se a normas da Lei das S/A “sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM)” (art. 3º).

Após a edição da Lei 11.638/2007, o Departamento Nacional do Registro do Comércio (DNRC), expediu o Ofício Circular 99/2008, que estabeleceu ser facultativa a publicação das demonstrações financeiras das sociedades limitadas de “grande porte”. A Associação Brasileira de Impressas Oficiais (ABIO), então, ajuizou Ação Ordinária (2008.61.00.030305-7) na Justiça Federal de São Paulo, em face da União, na qual a liminar para sustar os efeitos do ato do DNRC foi concedida, restabelecendo a obrigatoriedade de publicação pelas limitadas de “grande porte”.

A União recorreu ao TRF da 3ª Região e conseguiu suspender os efeitos da liminar. A decisão, de 10 de fevereiro de 2009, concedeu efeito suspensivo ao recurso (2008.03.00.050647-0) para retomar os efeitos do Ofício Circular do DNRC. Todavia, a decisão sustentou-se apenas na aparente ilegitimidade ativa da ABIO. Em decisão recente, publicada em 8 de abril de 2010, a Justiça Federal de São Paulo (1ª instância) proferiu sentença de mérito, acolhendo o pedido da ABIO. A decisão determinou a obrigatoriedade das limitadas de “grande porte” publicarem na imprensa oficial suas contas, elaboradas nos termos da Lei 11.638/2007 e, ainda, dispôs, de forma expressa, que seus efeitos deverão ter eficácia em todo o território nacional.

A sentença gera consequências relevantes e mais discussão sobre o tema. A ausência dessa publicação poderia obstar o arquivamento da ata de aprovação das contas no Registro do Comércio, o que, dentre outros efeitos, ocasionaria em responsabilidade pessoal dos administradores da sociedade. Essa aprovação de contas é feita na reunião/assembleia anual obrigatória, cujo prazo de realização se finda no próximo dia 30 de abril. A obrigatoriedade de publicação teria vindo para suprir uma distorção legal pela qual as grandes multinacionais que operam no país através de limitadas — montadoras de veículos, redes de supermercados etc — isentam-se de publicar suas demonstrações financeiras. A publicação protegeria interesses de terceiros atingidos pela atividade empresarial: credores, fornecedores, trabalhadores, governo e comunidade.

Mas, afinal, a disciplina do Direito Societário, como reguladora e facilitadora do desenvolvimento econômico, deve intervir na atividade empresarial para proteger interesses que não os dos sócios? A resposta em qualquer sentido é arriscada. Por um lado, tende-se a defender uma proteção ampla para todos os envolvidos com a empresa, o que se alinha ao elemento de sua “função social”. Todavia, uma intromissão desnecessária do Estado cria custos e deficiências mais altos do que aqueles existentes sem a intervenção. E, não é segredo, esses custos serão repassados. Não seria o arquivamento das demonstrações financeiras na Junta Comercial, cuja natureza é pública, suficiente para dar publicidade aos demais interessados em consultá-las?

O próprio legislador parece ter vislumbrado tais fatores. O Projeto de Lei 3.741/2000, que resultou na Lei 11.638/2007, previa expressamente a obrigação de publicação, entretanto, essa obrigatoriedade foi extirpada do texto final que se tornou lei. Isto demonstra que o intuito do legislador e, via de consequência, do povo representado, não era o de instituir a regra da publicação obrigatória para as limitadas de “grande porte”.

Será, então, que sob o pretexto de compreender qual seria o interesse público, pode o intérprete ampliar a abrangência de uma norma que foi restringida pelo legislador? Neste atual cenário de insegurança, é importante avaliar o interesse e legitimidade que as limitadas, individualmente, teriam para discutir o tema no âmbito do Poder Judiciário. Afinal, são essas sociedades as principais interessadas na definição da questão.

Fonte: Netlegis.com em: 31/05/2010.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Governo quer lançar incentivo para carro elétrico

Objetivo é aumentar a demanda pelos veículos, com IPI reduzido, e também a oferta, com pesquisa no setor



     Carro elétrico Volt, da GM, com lançamento previsto para o final de 2010

Rio de Janeiro - O governo pretende lançar na semana que vem um programa de incentivo ao desenvolvimento de veículos elétricos no Brasil. A informação foi dada hoje pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Ele faz parte de um grupo criado no fim do ano passado para discutir a questão. Em palestra no XXII Forum Nacional, Barbosa contou que o grupo de trabalho foi criado na esteira da concessão de benefícios fiscais a produtos da linha branca que consomem menos energia.

"A ideia é tentar repetir o modelo no mercado automotivo. Já há, inclusive, um sistema de etiquetagem compulsória de veículos que deve ser posto em prática", disse Barbosa. Além da etiquetagem, o plano de desenvolvimento do veículo elétrico terá outras quatro linhas de atuação: a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para este tipo de veículo, de forma gradual a fim de evitar aumento de importações; maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento, com a criação de um centro de tecnologia automotiva semelhante ao da Embrapa na agropecuária; usar as compras governamentais para criar demanda pelos veículos híbridos, e, por último, incluir essa tecnologia no planejamento energético nacional, que terá de pensar soluções de infraestrutura para atender a nova demanda.

Neste último quesito, Barbosa lembrou que o crescimento do consumo é pequeno (estudos de Itaipu indicam que, se 10% dos carros brasileiros fossem movidos a energia elétrica, a demanda adicional de energia seria de 0,2%), mas são necessários pontos de abastecimento com voltagem superior a 220 volts. Barbosa acredita que o Brasil pode desenvolver uma tecnologia inédita de veículos híbridos utilizando biocombustíveis em vez de gasolina, juntamente com as baterias elétricas.


Fonte: Portal Exame.com

Simpósio 2010 - XXVI Simpósio de gestão da Inovação Tecnológica da ANPAD

Apresentação

21 a 23 de novembro de 2010

Local: Vitória / ES

O Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica 2010 constitui evento da Divisão Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação/GCT da ANPAD.

O Simpósio 2010 abre a oportunidade para que os acadêmicos da área possam divulgar e debater artigos de forma mais específica. Os formatos de apresentação deverão privilegiar o debate aprofundado dos artigos e uma maior interação entre os participantes. Os artigos com melhores avaliações receberão fast track para publicação em periódicos com classificação maior ou igual Qualis B2.

Datas
18/05/2010 – Abertura do endereço para receber as submissões
8/07/2010 – Data limite para submissão de trabalhos
05/10/2010 – Divulgação dos resultados
25/10/2010 – Data limite para inscrição de trabalhos selecionados
04/11/2010 – Divulgação da programação na Internet
21/11/2010 – Credenciamento e início do evento

Temas de Interesse

Os trabalhos submetidos deverão, necessariamente, ser enquadrados em um dos temas relacionados a seguir. Quando o enquadramento for diferente deverá ser utilizada a classificação "Tema Livre", reservada para os temas próprios da Divisão, que não foram destacados entre os listados.

Tema 1: Estudos de Setoriais de Inovação

Líder: Eduardo Raupp de Vargas - PPGA/UnB

Sistemas setoriais de inovação: ambiência, atores e marcos regulatórios. Novos paradigmas e processos evolucionários. Gestão do conhecimento e aprendizagem. Novas tecnologias e organização de cadeias produtivas. Inovação e abordagens de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC). Papel da TIC na gestão de convergência de novos produtos e processos. Inovação e novas formas de organização industrial. Impactos da inovação em tecnologia na gestão de projetos e processos. Inovação, disseminação e transferência do conhecimento setorial.


Tema 2: Inovação e Empreendedorismo

Líder: Tales Andreassi - FGV/EAESP

Inovação e atividade empresarial empreendedora. Empreendedorismo em diferentes tipos de organizações. Empreendedorismo em organizações não governamentais, nos negócios e na área pública. Função social do empreendedorismo. Comportamento empreendedor: vocação, liderança e aprendizagem. Potencial empreendedor e capacidade de inovação. Empreendedorismo e geração de empregos. Redes locais e empreendedorismo. Criação e gestão de empresas de base tecnológica. Micro e pequenas empresas e empreendedorismo. Políticas de apoio ao empreendedorismo. Novos negócios e intraempreendedorismo. Ecoempreendedorismo.

Tema 3: Inovação e Redes

Líder: Walter Bataglia - PPGA/Mackenzie

Redes e relacionamentos intra e interorganizacionais e inovação. Inovação em aglomerações territoriais. Aprendizagem, conhecimento (inclusive sua transferência) e tecnologia em redes. Inovação, instituições e regulação de suporte setorial. Políticas e governança voltadas à gestão de redes de inovação. Arranjos produtivos locais e parques tecnológicos. Cooperação virtual, aprendizado e inovação. Redes de inovação sustentáveis. Abordagens da inovação aberta (inclusive em redes) e colaborativa. Negócios e inovação aberta. Cocriação de valores por compradores, fornecedores, concorrentes e demais stakeholders. Terceirização em massa (crowdsourcing) e aprendizagem. Inovação e diminuição de custos e riscos aos processos empresariais (inclusive de transação). Incorporações e aquisições de produtos e processos inovadores.

Tema 4: Inovação Organizacional e de Negócios

Líder: Hilka Pelizza Vier Machado - PPA/UEL/UEM

Inovação em estruturas, funções e arranjos organizacionais. Inovação e modelos de negócio. Aprendizagem organizacional, inovação e novos negócios. Políticas e estratégicas de apoio à inovação organizacional e de negócios. Inovações nas relações do trabalho internas e externas às organizações. Desenvolvimento inovador e as relações institucionais – legais, culturais e de poder. Micro e pequenas empresas inovadoras de elevado crescimento. Dinâmicas de empresas inovadoras: start-ups, spin-offs, spillovers. Políticas e estratégias de promoção à inovação em micro e pequenas empresas.


Tema 5: Paradigmas Tecnológicos e Cultura

Líder: Fernando Gomes de Paiva Junior - PROPAD/UFPE

Novos paradigmas tecnológicos e cultura. Mudança tecnológica e rupturas culturais. Gestão em ambiente de diversidade cultural. Cultura e negócios globais. Inovação e a produção de cultura. Inovação, globalização cultural e o nexus global-local. A inovação como articulação entre produção e consumo. Práticas inovadoras de gestão e manifestações culturais, políticas e sociais. Inovação, representação, significado e linguagem. A repercussão das culturas nacional e organizacional sobre as práticas inovadoras de gestão.

Tema 6: Inovação, Tecnologia e Competitividade

Líder: Paulo Tromboni de Souza Nascimento - PPGA/FEA/USP

Planejamento e gestão da inovação e competitividade. Inteligência competitiva e inovação. Inovação, internacionalização, produtividade e competitividade. Dimensões estratégicas da inovação: tecnologia, organizações e mercado. Processo de inovação e novos mercados nacionais e internacionais. Cooperação e desenvolvimento tecnológico. Gestão da inovação e ambiente institucional. Indicadores de inovação e competitividade. Gestão de empresas de base tecnológica e competitividade.

Tema 7: Política e Gestão de Ciência e Tecnologia

Líder: Luiz Paulo Bignetti - PPGAdm/UNISINOS

Sistemas nacionais e regionais de inovação. Relações governo-universidade-empresa. Gestão de ambientes de inovação: prospecção tecnológica, incubadoras, centros de pesquisa e desenvolvimento. Marcos regulatórios do desenvolvimento científico e tecnológico: proteção ao conhecimento, patentes, licenciamentos e transferências. Financiamento da inovação e venture capital. Impactos de políticas de ciência e tecnologia. Indução, adoção e difusão de inovações. Avaliação de desempenho de instituições vinculadas aos sistemas de ciência e tecnologia. Interação entre políticas públicas e de inovação.


Tema 8: Inovação e Gestão de Projetos

Líder: Emerson Antonio Maccari - PPGA/UNINOVE

Métodos e técnicas de gerenciamento de projetos de inovação. Avaliação do impacto social e competitivo de projetos inovadores. Condicionantes institucionais e de sustentabilidade para projetos inovadores. Análise de risco, escopo e de retorno de projetos de inovação. Tecnologias inovadoras em gestão de projetos. O gerenciamento de projetos como ferramenta de inovação. Gerenciamento de projetos de base tecnológica e sustentabilidade. Gerenciamento de recursos humanos em projetos inovadores.

Tema 9: Inovação e Sustentabilidade

Líder: Eugenio Avila Pedrozo - PPGA/EA/UFRGS

Inovação em produtos, processos e serviços sustentáveis. Desenvolvimento sustentável e inovação. Inovação e as dimensões da sustentabilidade. Inovação e a relação negócios-sociedade (incluindo a articulação entre indivíduo-organização-sociedade). Inovação e sustentabilidade em arranjos produtivos (cadeias, redes, clusters, alianças). Gestão e/ou estratégia ligada à inovação e sustentabilidade. Inovação e ciclo de vida de produtos. Cooperação em inovação e sustentabilidade. Modelos de inovação e sustentabilidade. Incerteza e risco em inovação e sustentabilidade.

Tema 10: Temas Livres

Assuntos pertinentes à divisão não incluídos nos temas especificados.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Imparidade e falsidade nos demonstrativos contábeis

Bom, pra quem acha que a convergencia no Brasil segue livre de críticas e que o processo está sendo menos doloroso que na União Europeia porque aqui não tem resistência, isto é, nao existem autores, empresas ou instituiçoes contra o IFRS, vejamos um artigo abaixo,  de um dos "peso pesado" dessa resistencia aqui no Brasil. Pena que existem poucos debates para sabermos qual o verdadeiro lado da moeda.

Por Antonio Lopes de Sá

O julgamento adequado sobre a situação de uma empresa depende das informações que a mesma presta através de demonstrações contábeis, essas responsáveis por espelhar a realidade objetiva do capital.

Ocorre, entretanto, que os valores evidenciados pelas contas sofrem variações ou desajustes em razão de circunstâncias diversas internas e externas.

O conflito entre o informado e o que efetivamente existe compromete o entendimento sobre a verdade.

O desigual cria “imparidade” e isso ocorre com freqüência em relação ao valor das coisas no tempo, especialmente em razão da oscilação do poder de compra da moeda em relação aos bens que formam a riqueza.

Tal fenômeno que a prática apresenta foi há mais um século matéria de estudo de cientistas da Contabilidade, esses que de forma racional cuidaram de analisar e estabelecer condições lógicas para o trato com a matéria referida.

Chegaram à singela, mas, real percepção de que o instrumento de mensuração dos acontecimentos relativos ao capital através da “moeda” era deveras vulnerável e o clássico Gino Zappa atribuiu à referida uma propriedade singular, ressaltando a relatividade pertinente como instrumento de medida.

Segmentou então dois aspectos básicos: “valor nominal de conta” (o escriturado) e “valor efetivo ou de troca” (o negociado) como realidades diferentes, considerando ainda que a moeda tivesse dois aspectos a considerar - o relativo à Economia e o relativo à Contabilidade.

Na realidade o valor sendo uma atribuição depende dos efeitos de “tempo” e “espaço”, esses que sendo “variáveis” resultam em “imparidades” entre momentos de determinações quantitativas.

Há cerca de dois séculos, portanto, as discrepâncias entre valores já eram destaques na literatura contábil, como matéria inquestionável e atribuir a isso “novidade” trazida pelas IFRS é comprovar débil formação cultural em Contabilidade.

A instabilidade da expressão monetária quer em razão da própria moeda, quer das variáveis que sobre a fixação quantitativa da mesma se estabelecem em relação aos bens que mensura, gera a necessidade de retificações, para que seja alcançável a “paridade” entre o valor liquidável ou conversível em dinheiro e o escriturado.

Tal falta de identidade na expressão do “valor de conta” atribuiu-se a denominação de “imparidade”, ou seja, a diferença entre o que está registrado na escrita oficial e um valor atribuível como sendo o de liquidação ou transformação em dinheiro de um componente patrimonial.

Tal causa provoca o efeito da adaptação de um saldo inadequado a uma realidade que no tempo ocorreu e isso motiva o “ajuste para obtenção de paridade”.

Quanto mais um bem permanece no ativo e tanto mais tende a desajustar o seu valor, gerando variação de valor entre o registrado contabilmente e a realidade de liquidação.

Embora nem todo ajuste contábil seja efeito de imparidade, toda imparidade, entretanto, enseja retificação.

O referido fenômeno, por natureza, alcança a “estrutura patrimonial”, pois, esta é causa onde a “estrutura do rédito” é efeito.

Podem, portanto, ocorrer “desajustes em face da realidade objetiva” nos valores das contas de Ativo, e, também, nas contas de “Passivo”.

Merece cuidado especial, todavia, o “ajuste por imparidade” quando afeta elementos do rédito, implicando variação no lucro ou na perda, com reflexo na expressão do grupo de contas do denominado “patrimônio líquido” ou “capital próprio”.

Tal variação, quando apenas “quantitativa” não promove por si só alteração de capacidade de utilização dos bens.

Quando, todavia, o ajuste de valor defluiu de variação de qualidade ou capacidade funcional dos elementos do patrimônio outra tende a ser a consideração.

Inequívoca, pois, é a responsabilidade de expressão sobre a avaliação no tangente ao que possa ser entendido apenas como prevalência do valor expresso em moeda sobre a matéria registrada em conta.

O ajuste para os fins de “paridade” não se confunde tecnicamente em Contabilidade com simples “correção de erro”.

Em sentido lógico o erro é um engano que resultou de registro equivocado, quase sempre involuntário (caso contrário seria fraude).

A retificação de expressão monetária por “imparidade”, todavia é a “equiparação voluntária” de um saldo de conta em um presente, em razão de estar desajustado em relação a um valor passado, não sendo fruto de engano, mas, sim, de algo ocorrido que o empreendimento passivamente suportou.

As normas internacionais nada inovaram no tangente a questão em foco, mas, atribuem uma espécie de valor a que denominaram de “recuperável” quando existe maior valia para a venda de um bem que está na escrita contábil por menor valor, podendo, também, o oposto ser verificado.

Como o cotejo entre a realidade de liquidação e a do valor de conta pode resultar em expressiva retificação, ao procedimento visando a constatar sobre o ajuste atribuível foi criada a designação “teste de imparidade”.

A flexibilidade do critério normativo, todavia, abre tanto as portas ao subjetivo que mesmo não existindo sequer a intenção ou possibilidade de “liquidar” ou “baixar” o bem, ainda permite o arbítrio nas determinações de valores.

A “subjetividade” pode ensejar sérios danos, através de resultados fictícios, motivando, inclusive, segundo o noticiado, indagações específicas realizadas pela Receita Federal; assim, por exemplo, tal metodologia normativa referida facilita a “lavagem de dinheiro”, a apresentação de “ativos falsos para motivar especulações”, “sonegação de impostos”, em suma, pode ensejar a “flexibilidade arbitrária” nociva aos interesses de terceiros.

Não se trata de suposição, nem de preferir ou não as Normas, nem de esperar ou não os efeitos malignos no Brasil, mas, em tomar conhecimento e raciocinar sobre o que está o mundo está realmente a sofrer com os balanços manipulados amparados por normatizações.

Balanços falseados foram, sim, instrumentos da crise, como falsas as avaliações que segundo Ehrenberg, analista e macro investidor estadunidense, estiveram apoiadas em normas fantasiosas (assim também usou de semelhante imagem sobre o mesmo tema Krugman, premio Nobel de Economia de 2008).

O risco para a sociedade em razão da “flexibilidade” que apóia o “subjetivo” é vasto e ainda se confirma nas normas, como a IAS - 36 do IASB.

A aludida ao tratar dos ajustes em razão de “imparidade” refere-se ainda a “espaços” ou locais em que se situam os valores imateriais, lugares os quais curiosamente denomina “unidades geradoras de caixa” (denominação esdrúxula que faz crer que o objetivo das partes de um empreendimento é apenas o de gerar dinheiro, como se essa fosse a única função).

Até ai tudo parece tolerável, mas, como o alternativo é o método do não objetivo, este seguido pela norma, esta incluiu ao se referir ao critério de avaliação: “a não ser que a entidade possa demonstrar que algum outro método reflete melhor o goodwill associado à unidade operacional alienada”.

Ou ainda, volta a consagrar o “pode ser” e o “pode não ser”, lesando o preceito lógico básico da “não contradição”, ensejando a prática da arbitrariedade, essa da qual dimana grave risco.

Os denominados testes de “imparidade” possuem, pois, metodologia livre e franca, podendo resultar em ajustes que em muito influam sobre os resultados da empresa e como decorrência no valor do “patrimônio líquido”.

Os referidos testes “podem ser realizados em qualquer momento” segundo a norma mencionada, desde que assim se proceda em igual período de um ano, mas cada “unidade” “pode adotar critério específico” em um empreendimento, desde que diferentes entre si.

Em havendo, entretanto, “concentração de atividades” o procedimento deve ser efetuado antes do fim do exercício.

Sem dúvida uma forma complicada de expor fatos, com dificuldade didática, quando bastaria afirmar que ajustes visando paridade de valores devem ser realizados de acordo com critério de conveniência que se limite a expressar a realidade de liquidação do elemento patrimonial, considerado o espaço em que esse exerce a função pertinente.

Dessa forma consagraria o texto abertamente o “arbítrio”, esse que amparado por meandros de “pode ser” e “pode não ser”, “se essa” ou “se outra”, “aplica” e “não aplica”, tece um emaranhado de textos que pode favorecer o subjetivo, este que utilizado sem prudência enseja a fraude.

Sérias são as dúvidas sobre a condução das normas, segundo se infere do noticiado (Valor Econômico, reproduzido em 06 de abril na revista Contábil & Empresarial Fiscolegis), que Michel Barnier, novo comissário da União Européia, pedindo reformas, afirmou que o financiamento futuro ao Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB) deverá depender de mudanças no órgão.

Tal afirmativa de Barnier coincide, plenamente, com a feita há pouco pela ministra das finanças Christine Lagarde quando afirmou que se o IASB não mudar sua conduta ela mesma tomará a iniciativa de alterar o processo na França.


Fonte: Netlegis.com, em: 26/05/2010.

terça-feira, 25 de maio de 2010

CVM reforça fiscalização de balanços

Por Fernando Torres, de São Paulo

Para acompanhar o processo de mudança do padrão contábil brasileiro para o sistema internacional, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu criar uma gerência específica dentro da superintendência de relações com empresas (SEP) com foco na supervisão dos balanços. Ao mesmo tempo, o diretor da CVM Alexsandro Broedel vai visitar órgãos reguladores de outros países para verificar como é feita a fiscalização desses documentos.

Quem vai comandar a nova gerência da SEP, que ao todo deve ter cinco pessoas, é Jorge Luis da Rocha Andrade, que já atuava em outra gerência da mesma superintendência. "Fizemos essa realocação por questão de prioridade, para que a análise seja mais detalhada do que já se fazia", diz Broedel, ressaltando que não houve uma troca de gerência, mas a criação de uma nova.

Até então, a checagem dos balanços era feita pelos analistas que supervisionam as empresas de forma geral e que também precisam dar atenção aos comunicados divulgados pelas companhias ao mercado e a outros documentos regulatórios.

Um dos motivos que explicam o interesse da CVM de olhar mais de perto os balanços tem relação com a possibilidade de haver erros no processo de transição. "Devem existir problemas, dado o tamanho da mudança e o nível radical de transformação", diz Broedel, que, apesar disso, se mostra otimista com o andamento da convergência para o padrão internacional, o IFRS.

Mas além de identificar as incorreções que podem aparecer nesse momento de transição, o órgão regulador tem outras preocupações.

Segundo Broedel, a fiscalização demandada no passado não era tão grande como agora, uma vez que o mercado era menos desenvolvido e as companhias se preocupavam menos em atrair os investidores.

Adicionalmente, o diretor da CVM destaca que no padrão contábil anterior as empresas tinham menos interesse em fazer manobras para aumentar o lucro porque isso tinha impacto fiscal. Agora, com a separação definitiva entre o balanço societário e aquele apresentado para a Receita Federal, isso deixou de ser verdade.

O modelo usado para checar as informações prestadas não terá inovações. "A coisa mais simples para começar a análise é ver se a empresa evidencia o que a norma pede que seja divulgado", afirma Broedel, que antes de entrar na CVM seguia carreira acadêmica na área contábil.

Depois, segundo ele, será feita a avaliação de práticas contábeis que exigem julgamento, como o teste em que se verifica se o valor registrado para determinado ativo pode ser mesmo recuperado - teste de "impairment", no jargão do segmento.

Mas mesmo que as ferramentas de análise de balanço já sejam conhecidas, a CVM quer criar uma rotina operacional para que a fiscalização seja realizada.

Antes de definir como isso será feito, Broedel pretende visitar órgãos reguladores de outros países, entre os quais a Securities and Exchange Commission (SEC), dos Estados Unidos, para verificar os sistemas utilizados no exterior.

A ideia, segundo ele, é saber como são estruturadas as equipes, descobrir se a análise se concentra em determinado setor, se há grupos de risco, se existe um rodízio entre as empresas fiscalizadas de forma mais profunda etc.

Ao avaliar o início desta última etapa do processo de convergência contábil, com cerca de 20 empresas já tendo adotado todas as novas normas, o diretor da CVM faz uma avaliação positiva. "O processo está sendo menos doloroso que na União Europeia porque aqui não tem resistência. Ninguém é contra o IFRS", diz.


Fonte: Valor Econômico, em: 25/05/2010.

Sobram vagas em 67% das empresas, mostra pesquisa

Maiores companhias dizem que têm enfrentado dificuldade na contratação de funcionários, apesar dos 8 milhões de desempregados no Brasil

Fábrica de montadora de carros: o setor automobilístico é um dos afetados pela falta de profissionais qualificados.



São Paulo - A escassez de mão de obra especializada virou um tormento no dia a dia das grandes empresas. Depois de atingir a construção civil e a indústria naval, agora a falta de profissionais se espalha por setores como o automobilístico, o ferroviário, o moveleiro, a siderurgia e a metalurgia, o de transportes e serviços, aponta levantamento feito pela Fundação Dom Cabral com as 76 maiores companhias do País.

O trabalho mostra que 67% das empresas pesquisadas têm enfrentado dificuldade na contratação de funcionários, apesar dos 8 milhões de desempregados no Brasil. "Somos o país das disparidades: há dinheiro para investir, mas a mão de obra especializada está cada vez mais escassa", observa o professor Paulo Resende, responsável pelo levantamento.

Em sua avaliação, essa questão pode se transformar num gargalo perigoso - a exemplo das carências da infraestrutura - para o crescimento sustentável do País, acima de 5% ao ano na próxima década. Ele conta que encontrou casos de companhias que estão importando mão de obra de outras nações da América Latina. "No setor de petróleo, trazem profissionais da Venezuela. No Agronegócio, de Argentina, Uruguai e Paraguai." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Portal Exame.com, em 25/05/2010.

Empresa de Eike encontra novas reservas de petróleo na Bacia de Santos

A OGX, Empresa de Eike Batista, descobre novo poço a 104 quilômetros da costa

Por Beatriz Olivon, em: 24/05/2010

Eike Batista: A perfuração do poço foi iniciada nos primeiros dias de abril

São Paulo - A OGX anunciou a descoberta de mais um poço de petróleo na Bacia de Santos. A reserva encontra-se a 104 quilômetros da costa, a uma profundidade de 170 metros. A perfuração do poço foi iniciada nos primeiros dias de abril. Até o momento, foi identificada uma coluna de hidrocarboneto de 42 metros. Destes, a soma de seções saturadas de petróleo e gás (o chamado net pay) alcança cerca de 34 metros.

A identificação do poço é 1-OGX-11D-SPS. O petróleo encontra-se em reservatórios arenosos e continua a ser perfurado. Em comunicado à Bovespa, o diretor geral da OGX afirmou que o episódio "representa o inicio de um novo ciclo que esperamos ser de importantes descobertas e comprova o vasto conhecimento da nossa equipe técnica nas bacias sedimentares que compõem nosso portfólio".

"Este resultado não só confirma a existência de um sistema petrolífero ativo na região como também demonstra que a filosofia exploratória por nós adotada está correta", afirma Paulo Mendonça, diretor geral da OGX, em informe ao mercado. O OGX-11D será perfurado até a profundidade total estimada de 6.100 metros em busca de novos objetivos.

Fonte: Portal EXAME.com

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Seguro livra contadores de indenizar empresas

Vendas do produto cresceram 27% no primeiro trimestre do ano

Por Laura Ignacio, de São Paulo

Em: 24/05/2010

Uma empresa de contabilidade paulistana escapou de ter que pagar uma indenização por deixar de recolher dois meses do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) devidos por um de seus clientes, uma multinacional que acabou multada em R$ 200,4 mil pela Fazenda Nacional. O escritório foi obrigado a acionar o seguro de responsabilidade civil, contratado para cobrir eventuais falhas de seus empregados. Nesse caso, o erro foi descoberto durante a preparação da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF).

O volume cada vez maior de complexas normas e obrigações tributárias - como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) - e o perigo de terem de indenizar por falhas de seus empregados têm levado os contadores a contratar seguros de responsabilidade civil. As vendas do produto cresceram 27% no primeiro trimestre, comparativamente a igual período do ano passado, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep). "Os erros mais comuns são perda de prazo e cálculo errado de imposto", diz Roberto Guimarães Uhl, gerente do departamento de responsabilidade civil profissional da ACE Seguros, que registrou aumento no volume de contratações. Com isso, a participação desse segmento no faturamento da companhia cresceu 40% do ano passado para cá.

Na maioria dos casos, os problemas envolvendo erros de contadores acabam sendo resolvidos de forma amigável entre as partes. Mas alguns acabam na Justiça. Para se precaverem, os contadores têm buscado a contratação dos seguros de responsabilidade civil. O contabilista José Roberto de Arruda Filho, sócio da JR&M Assessoria Contábil, preferiu estar coberto por uma seguradora. Seu seguro não cobre apenas multas, mas também qualquer outro tipo de prejuízo decorrente de informações erradas enviadas ao Fisco. "A Receita Federal vai usar os dados do Sped para o cruzamento de informações e apuração dos impostos", diz. "Assim, um erro no Sped pode gerar um prejuízo muito maior do que apenas a multa pela inadimplência fiscal." O Sped obriga as empresas a transmitir dados de seus livros contábeis em meio digital para a Fazenda Nacional.

O advogado e contabilista José Carlos Fortes, do Grupo Fortes Advogados, já defendeu colegas em ações por perdas e danos no Judiciário. "Às vezes, a culpa não é do contador, mas da empresa que repassa com atraso a documentação necessária. Em alguns casos, nem envia os documentos", afirma. Uma alternativa usada comumente por alguns profissionais do setor é incluir no contrato de prestação de serviços uma cláusula determinando a isenção de responsabilidade do contabilista. "Mas, desde 2002, o Judiciário não aceita mais isso porque a responsabilidade do profissional passou a estar expressa na legislação."

O risco de os contabilistas serem processados aumentou depois que entrou em vigor o novo Código Civil, em 2002, com um capítulo específico sobre a profissão. "Depois do novo código, o contabilista passou a ser visto juridicamente como preposto da empresa, ou seja, o profissional pode assinar pela companhia e é pessoalmente responsável pelo que assina", explica Fortes. Segundo ele, em caso de prejuízo, a empresa é cobrada, mas tem o direito de pedir o ressarcimento ao contabilista, se ele for culpado. Já em caso de o contador ser conivente com uma fraude fiscal, ele e a empresa respondem perante o Fisco. "O contabilista também pode ser responsabilizado criminalmente."

O seguro de responsabilidade civil acabou salvando uma empresa de contabilidade fluminense que executava serviços para uma imobiliária. Durante três anos, ela entregou com atraso as informações relativas à Declaração de Transações Imobiliárias (Dimob). Esse atraso gerou multa de R$ 320 mil, valor que foi reduzido depois de um acordo com a Receita Federal. A imobiliária cobrou perdas e danos do contador, que foi obrigado a acionar o seguro.


Fonte: Valor Econômico on Line

domingo, 9 de maio de 2010

A História da Contabilidade

Aos iniciantes ou aos interessados no estudo da Contabilidade vale a pena assistir esse curto vídeo sobre como surgiu a “Ciência Contábil”. Inicialmente chamada de médoto das partidas dobradas (por Luca Paccioli) e hoje uma Ciência de grande importância, e que vem crescendo com o avanço da globalização e com a complexidade das organizações empresariais e públicas.

O vídeo é curto e bastante interessante.


Fonte: Youtube, acesso em: 09 nov. 2009.

sábado, 8 de maio de 2010

10 corretoras indicam as melhores ações para maio.

De São Paulo Revista Exame, Por  Eduardo Tavares,

Corretoras esperam recuperação econômica e destacam papéis de siderurgia, mineração e consumo


A ressaca provocada pelas más notícias que vieram à tona no fim de abril, relacionadas aos problemas de dívida de Grécia, Portugal e Espanha, continuaram a afetar o mercado brasileiro no início de maio. O primeiro dia de pregão no mês foi de queda, com o Ibovespa chegando a 67.119 pontos.

Contudo, mesmo com o atual momento de oscilação na bolsa, os gestores das principais corretoras elaboraram sua carteira de ações apostando na continuidade da recuperação da economia. Os setores de mineração e siderurgia e os ligados à economia interna, com destaque para o varejo, chamam a atenção.

"A siderurgia é um setor que ainda não recuperou o patamar que havia atingido antes da crise", diz o sócio-diretor da corretora Geração Futuro, Wagner Salaverry. Para o gestor, empresas como CSN, Usiminas e Gerdau ainda têm muito para recuperar, tanto nos resultados operacionais, quanto no valor das ações.

De acordo com a analista de investimentos da Ágora Invest, Cristiane Viana, a perspectiva para as companhias do setor é otimista sobretudo se forem considerados os investimentos que o país deve fazer pensando na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.

"Além disso, os esforços do governo para diminuir o déficit habitacional devem resultar em novos lançamentos imobiliários", diz Cristiane. Esse fato deve beneficiar diretamente empresas como a Gerdau, que é uma das principais fornecedoras de aços longos para a construção civil.


Fonte: Exame.com, em 04 maio de 2010.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

São Paulo inicia estudos para matriz energética de 2035.

Por Júlio Santos, da Agência Ambiente Energia -

Até meados de 2011, o governo de São Paulo planeja concluir a Matriz Energética para o Estado – 2035. O objetivo do projeto é saber qual é o consumo de energia por fonte energética e setor econômico, já levando em conta a Política de Mudanças Climáticas aprovada pelo governo local. Um consórcio formado por quatro empresas – LCA, Consultores; Andrade & Canellas, Consultoria e Engenharia; I.X. Consultoria e Representações; e Repensa Consultoria – é o responsável pela elaboração dos estudos.

O trabalho envolverá ações como levantamento de dados, projeções, planos e políticas públicas existentes no âmbito nacional; levantamento de informações energéticas, tecnológicas, econômicas e de eficiência; consolidação dos dados e das séries históricas (1980-2005); consolidação das principais tendências mundiais na elaboração dos planos estatais/governamentais na área energética; e desenvolvimento e implantação do sistema.

“O objetivo é elaborar a matriz estrutural de São Paulo. Com o projeto, será possível traçar um planejamento para a expansão energética do estado, vinculada ao desenvolvimento da Política de Mudanças Climáticas”, comenta Jean Cesare Negri, coordenador de Energia da Secretaria de Estado de Saneamento e Energia do governo do Estado de São Paulo. “A tendência é manter ou até ampliar a renovabilidade da matriz”, acrescenta.

Apesar do atraso no início do trabalho do consórcio, São Paulo não pára e coloca em marcha uma série de iniciativas para fazer um retrato fiel de sua matriz energética. E a fotografia já vem sendo feita para levantar os potenciais eólico, de microgeração, de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e dos aterros sanitários, além da bioenergia para oferta dos produtos provenientes da cana-de-açúcar.

Depois de um ano de trabalho, em abril foi concluída a instalação de sete torres de medição eólica, localizadas em sete regiões do estado, como Campinas, Buritizal e Echaporã. Segundo Negri, o projeto vai colher dados ao longo de um período de um ano para apontar o potencial eólico de São Paulo. “Com isso, o estado vai ganhar seu atlas eólico”, diz. Junto com o mapeamento da velocidade e características do vento, as torres também serão usadas para mapear o potencial solar do estado.

O potencial para microgeração de energia também faz parte do escopo. Negri conta que o governo está fechando convênio com a CAF (Corporação Andina de Fomento) para fazer a identificação do potencial energético das microbacias do estado. O projeto vai utilizar imagens de satélites em 3 D, que serão produzidas com a tecnologia da U.S. Geological Survey. A tecnologia garantirá a precisão dos estudos. “Com isso, será possível levantar o potencial das microbacias, usando uma escala menor”, observa Negri.

O estado também está evoluindo no levantamento do potencial remanescente para geração via pequenas centrais hidrelétricas. Após uma catalogação dos projetos já inventariados pelas empresas do estado, conta Negri, já foi possível identificar a existência de 1.750 MW. Desse total, 1,2 mil encontram-se com registro ou em fase de implantação em São Paulo.

Fonte: http://www.ambienteenergia.com.br/, em 03 maio de 2010.