domingo, 30 de agosto de 2009

O impressionante Vale das Idéias...

Hoje estou aqui para comentar uma das minhas pesquisas realizadas na cidade de Petrópolis região serrana da cidade do Rio de Janeiro...
Ao realizar uma entrevista para um trabalho sobre estratégia em aglomerações fiquei fascinado com uma das empresas, a “Ideavalley innovation” (vale das idéias), realmente não existe lugar melhor para despertar a criatividade, é um lugar paradisíaco localizando no interior de uma fazenda, é simplesmente impressionante! Mais impressionante ainda é a forma de controle gerencial adotado pelo CEO, praticamente não existe! Mas isso depois vocês poderão ler melhor no artigo que está quase pronto.
Vale a pena depois dar uma bisbilhotada em alguns dos trabalhos que surgiram desse “vale das idéias”. Um deles é o
www.taxi.com.br que informa o preço da corrida de taxi em várias partes do mundo. Eu já tive o prazer de testar. Funciona mesmo!
Jornal.com.br – O Site de Busca Jornal.com.br possui uma versao mobile , que pode ser acessada diretamente em m.jornal.com.br, sendo um buscador de noticias existente no repositorio de Jornais e Revistas Digitais em formato FLIP produzidos pelo IdeaValley.

PageSense – O Sistema PageSense é uma ferramenta de apoio aos negócios digitais para as publicações em formato FLIP Paginado na Internet. Consiste de um conjunto modular de sistemas cuja finalidade é a de criar um grande inventario de anúncios para Jornais , Revistas e Catálogos Digitais , permitindo que anúncios e campanhas digitais possam ser endereçados de acordos com diverssos parâmetros controlados pela estratégia de midia.

Além disso, um outro projeto que levou nome da cidade de origem do CEO da empresa é o Project Natal. A Microsoft revelou em sua conferência na E3, realizada em 1º de junho de 2009, o dispositivo que traz uma série de sensores para o Xbox 360. O aparelho tem detecção de movimento de corpo inteiro, além de reconhecimento de rosto e voz, e fica posicionada em frente à TV.
No vídeo de demonstração no evento, foi revelado um game de luta, que faz exatamente os mesmo movimentos corporais do jogador; um jogo de corrida em que se joga com gestos, como se estivesse segurando um volante - outros jogadores atuam durante o pitstop -; e um título de chutar a gol. Foi mostrado também um jogo de skate, em que o usuário pode "escanear" o próprio equipamento. Esse título também é controlado por gestos.O sensor também conta com um sistema de reconhecimento de face. Assim, quando um usuário fica em frente ao sistema, o Xbox 360 faz o login na Xbox Live, e o avatar passa a imitar seus movimentos. Também tem reconhecimento de voz e, com essa função, é possível ativar comandos apenas falando. Para tocar um vídeo, basta dizer "play"; com "good bye", o console é desligado.
Nesse game o corpo é o controle! Não existe o joinstick ou manete
A navegação na dashboard pode ser feita com movimento das mãos. Games como "1 vs 100", de perguntas e respostas, passam a ser jogados com gestos e voz, quase como nos programas de TV do gênero na vida real. Ou seja, o sistema também sabe o número de jogadores, que abre possibilidade para títulos multiplayer.
Foram mostrados dois aplicativos ao vivo durante a E3. Em "Ricochet", o objetivo é rebater uma bola, com qualquer parte do corpo. Como o sensor é 3D, consegue reconhecer distâncias, ou seja o avatar do jogador pode se movimentar em todas as direções do espaço virtual. A precisão parece alta, reconhecendo até a abertura das mãos e a velocidade com que os movimentos são feitos.
Já em "Paint Party", o usuário simula que está jogando tinta com as mãos num quadro gigante. A cor é escolhida através de comando de voz. E existe uma funcionalidade de recortar máscaras usando os contornos de seu corpo...

Se quiser saber mais...aguarde o artigo ou então vai lá no vale das idéias:

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Questão ambiental ganha importância nos balanços

Marta Watanabe, de São Paulo

24/08/2009

O fenômeno é resultado da exigência cada vez maior dos investidores em relação a possíveis passivos ambientais

Questões ambientais começam a aparecer com mais frequência nos balanços das companhias abertas e a fazer parte das contingências, ao lado dos tradicionais passivos trabalhistas e tributários. Das 30 maiores empresas abertas, nove - Petrobras, Vale, Neoenergia, CSN, Eletropaulo, Sabesp, Ultrapar, Cemig e CPFL - já mencionam contingências ambientais em seus balanços financeiros. Dessas, só Cemig e CPFL não mantêm provisões para discussões na área.

O fenômeno é resultado da exigência cada vez maior dos investidores em relação a possíveis passivos ambientais. Outros fatores contribuem para isso, como a regulamentação mais rígida para contabilização das discussões ambientais e a fiscalização acirrada de órgão federais e estaduais, que têm resultado em maior volume de autuações e disputas.

A Neoenergia, por exemplo, tem em suas demonstrações consolidadas uma provisão relacionada a um acordo feito em ação popular que pedia compensação pelos impactos socioambientais causados pela implantação da usina hidrelétrica de Itapebi. A "reserva" de R$ 19,76 milhões inclui a elaboração de estudos e medidas ambientais compensatórias. Os projetos foram implantados como condição para concessão da licença de operação pelo Ibama.

A CSN destaca entre suas provisões uma contingência ambiental de R$ 69,38 milhões relacionada a gastos com investigação e recuperação ambiental de potenciais áreas contaminadas em estabelecimentos da companhia no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.

Para Antonio Lawand, do escritório Braga & Marafon, a maior quantidade de processos administrativos e judiciais não acontece por acaso. Para muitos setores, diz ele, a certificação ambiental tornou-se uma forma de proteção. Com isso, o cumprimento de obrigações ambientais passou a ser um requisito de mercado. "Para vender ao cliente final ou para comprar do fornecedor é muitas vezes necessário ter uma certificação do setor. E isso só é obtido por empresas que tornam essa informação mais transparente".

Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Atraso no balanço e perda bilionária pesam na ação da Eletrobrás

Astrogildo Quental, diretor financeiro e de relações com investidores da Eletrobrás: atraso foi pedido da auditoria.
O balanço do segundo trimestre da Eletrobrás, divulgado ontem, trouxe dúvidas extras à tradicional complexidade associada aos resultados da estatal.
Uma redução do “ativo regulatório” maior do que a esperada pelo mercado, que resultou num efeito negativo de R$ 1 bilhão, teve como resultado prático uma queda de 3,3% nas ações ordinárias da companhia num dia em que o Índice Bovespa subiu 0,7%.
O ajuste, lançado na receita da companhia, pesou na última linha do balanço da estatal, que teve prejuízo de R$ R$ 2,1 bilhões, ante lucro de R$ 142,8 milhões em igual intervalo de 2008.
As ações já tinham caído no fim da semana passada, com o atraso na divulgação do balanço. O prazo legal para entrega dos números era dia 15.
De acordo com Astrogildo Quental, diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, o motivo da demora foram questionamentos do auditor independente, a PricewaterhouseCoopers (PwC), sobre uma disputa antiga entre a construtora Mendes Júnior e a Chesf, sua controlada.

“Eles [PwC] pediram uns dias a mais.” A partir deste ano, todas as companhias controladas são auditadas pela mesma firma.


Mas o que deixou os analistas perplexos foi uma questão matemática. A companhia afirmou no balanço que o impacto negativo do ativo regulatório acumulado no semestre foi de R$ 2,4 bilhões. Porém, a soma dos montantes divulgados no primeiro e no segundo trimestre dá R$ 1,95 bilhão, deixando os analistas em busca dos quase R$ 500 milhões de diferença. A explicação não está claramente detalhada no comunicado sobre as demonstrações financeiras.
A justificativa da perda também não é das mais fáceis, nem para os especialistas. De forma simplificada, trata-se da marcação a valor de mercado do crédito que a Eletrobrás possui pelo financiamento de Itaipu. Parte desse crédito, que é em dólar, é corrigido pela inflação americana. Como os indicadores para isso foram negativos nos últimos meses, por conta da recessão naquele país, o valor da correção desse crédito caiu.
Itaipu tem uma dívida de US$ 18 bilhões com o governo federal e com a Eletrobrás, que financiaram a construção da usina. Desse total, US$ 6 bilhões são compromissos da usina binacional com a estatal brasileira. Essa dívida era, até o fim de 2007, corrigida por juros da ordem de 7% ao ano mais os índices de inflação americana. Desde o ano passado, porém, foram retirados da correção da dívida de Itaipu os índices inflacionários dos Estados Unidos. Mas, para isso não afetar a Eletrobrás, esse crédito foi transformado numa conta chamada ativo regulatório, que vai direto para a tarifa de repasse da energia de Itaipu, separada da dívida.
Quando foi feita essa segregação, no fim de 2007, o valor do ativo regulatório era da ordem de R$ 4 bilhões. No fechamento de junho, esse total havia sido reduzido para R$ 2,7 bilhões, fruto da variação dos índices americanos.
Contudo, esse crédito será pago num prazo de 14 anos, até 2023. Portanto, trata-se do valor presente da expectativa desse ganho ao longo do tempo. Até sua efetiva concretização, tal impacto poderá não existir ou ser até mesmo positiva. “Num intervalo tão grande, inflação é sempre positiva. Não há recessão que dure tanto”, ressaltou Quental, diretor financeiro e de relações com investidores da estatal.
Além do efeito sobre a correção pelos indicadores americanos, como o crédito é em dólar, o valor em reais também sofreu com a valorização da moeda nacional. No total, a empresa tem recebíveis de US$ 7 bilhões, e o efeito negativo da queda do dólar foi de R$ 2,9 bilhões no balanço trimestral.
Quanto à diferença do ativo regulatório entre o acumulado no semestre e a soma dos valores divulgados para o primeiro e segundo trimestres, a explicação é que o conceito inclui a recomposição da tarifa emergencial, herança ainda da época do apagão e isso não foi detalhado no texto.
Mas não foi só a comunicação que trouxe insatisfação no balanço do segundo trimestre. Além da variação cambial, a queda na demanda por energia, em função do desaquecimento da economia doméstica, também afetou o resultado das empresas controladas. “A geração de caixa também foi muito fraca, em função da queda do consumo de energia, principalmente no setor industrial”, afirmou Rosângela Ribeiro, analista da SLW Corretora.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) somou R$ 1,1 bilhão de abril a junho, 13,8% menor do que de igual intervalo do ano passado. “O resultado geral foi muito fraco, com custos superiores ao esperado e a linha de resultado final prejudicada pelo câmbio”, escreveu Renato Pinto, analista da Fator Corretora.
Apesar do desaquecimento dos números trimestrais, a Eletrobrás encerrou junho com uma posição de caixa de R$ 12 bilhões, ante R$ 8,7 bilhões um ano antes. Para Pinto, da Fator, esse montante dá mostras de que ela teria condições de pagar os bilionários dividendos em atraso. Contudo, o tem não anima os analistas. “A questão fica cada vez mais distante de uma conclusão em 2009, o que poderá agravar ainda mais a performance das ações”, destaca Rafael Quintanilha, da Brascan Corretora.
O balanço trouxe ainda uma ressalva do auditor quanto aos créditos tributários de R$ 1,3 bilhão que a estatal tem, por conta da compra de energia aquisição por suas empresas controladas do segmento de distribuição situadas na região Norte. A auditoria destaca que a companhia não apresentou estudo sobre as condições e o tempo de realização desses créditos, o que, na prática, dificultou a averiguação da necessidade de ajuste sobre esse montante.
A ausência do estudo deve-se à expectativa de que o tema seja tratado na Medida Provisória 466, que irá alterar a conta de consumo de combustíveis. A expectativa de Quental é que fique mais claro para as companhias a validade, no tempo, de tais créditos, garantindo sua utilização.

(Fonte: Valor Econômico/Graziella Valenti, Josette Goulart e Silvia Rosa, de São Paulo)