Retransmito o artigo publicado no Globo e contesto parcialmente a notícia. Acredito, particularmente, que essa demanda é, sobretudo, por causa da Convergência aos Padrões Internacional de Contabilidade e pela falta de qualificação profissional para aplicá-las e não basicamente pelo crescimento da economia brasileira. Com o crescimento da economia várias outras áreas também crescem e não haveria motivo para dar destaque à Contabilidade.
Penso que faltam profissionais qualificados com conhecimento das Regras Internacionais (IFRS). Os profissionais estão aí, eles existem, mas não são qualificados. Falta qualificação inclusive para ensinar. Muitos professores ainda nem leram os CPCs, muitos já estão em final de carreira e não têm interesse em se qualificar, principalmente quando se fala em professores de universidades Públicas. Porém, as universidades privadas também não escapam. Estive recentemente numa Universidade renomada localizada a uns 80 km da capital carioca e, conversando com o coordenador do Curso de Contabilidade, quando falei da convergência, da atualização das regras, dos CPCs... o professor veio me perguntar o que era o Comitê de Pronunciamento Contábil e o que seriam esses CPCs... ( O que é CPC?)
Penso que faltam profissionais qualificados com conhecimento das Regras Internacionais (IFRS). Os profissionais estão aí, eles existem, mas não são qualificados. Falta qualificação inclusive para ensinar. Muitos professores ainda nem leram os CPCs, muitos já estão em final de carreira e não têm interesse em se qualificar, principalmente quando se fala em professores de universidades Públicas. Porém, as universidades privadas também não escapam. Estive recentemente numa Universidade renomada localizada a uns 80 km da capital carioca e, conversando com o coordenador do Curso de Contabilidade, quando falei da convergência, da atualização das regras, dos CPCs... o professor veio me perguntar o que era o Comitê de Pronunciamento Contábil e o que seriam esses CPCs... ( O que é CPC?)
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Com aquecimento da economia brasileira, demanda por profissionais nas áreas contábil, fiscal e financeira é crescente
Publicada no Globo On line em 02/02/2011 às 11h19m
Luciana Calaza
RIO - O aquecimento da economia brasileira e o consequente desenvolvimento de seu mercado de capitais estão fazendo crescer a demanda por profissionais das áreas contábil, fiscal e financeira. Novas empresas abrem capital na bolsa de valores por meio de IPOs (sigla em inglês de Oferta Pública Inicial) e aumentam os investimentos estrangeiros via aquisições de empresas. Ao abrir seu capital, a empresa precisa atender a novas e frequentes exigências dos órgãos reguladores e acionistas e, para isso, precisa contratar.
Adicionalmente, desde o ano passado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central (BC) determinaram que empresas de capital aberto e bancos publiquem balanços consolidados rigorosamente de acordo com os Padrões Internacionais de Relatório Financeiro ( International Financial Reporting Standards - IFRS), explica Patrício Roche, sócio da PricewaterhouseCoopers (PwC), rede mundial de firmas de assessoria tributária e empresarial e de auditoria.
- São práticas, em muitos aspectos, mais complexas e sofisticadas, o que exige um maior e mais bem preparado número de profissionais contábeis.
Os empregos, segundo os especialistas, estão em empresas de contabilidade e auditoria, que ano após ano aumentam a quantidade de contratações de profissionais dessas áreas, e ainda nas áreas de contabilidade, finanças e controladoria de qualquer empresa, não importa o setor no qual atue.
- Por causa dos grandes eventos que o Brasil sediará, empresas que estão de alguma forma envolvidas em infra-estrutura, construção, urbanismo, logística, transporte, armazenagem, setor de serviços, entretenimento e turismo e hotelaria devem concentrar a maior parte das concentrações - ressalta Vicente Picarelli Filho, sócio da Consultoria em Gestão de Capital Humano da Deloitte, rede mundial de firmas de serviços de auditoria, consultoria, assessoria financeira, gestão de riscos e consultoria tributária.
Além disso, lembra Patrício Roche, as empresas estão buscando um maior grau de governança corporativa:
- Assim, o mercado exige que profissionais sejam alocados a funções relacionadas a áreas de contabilidade, tributos, controles internos e cumprimento de normas (compliance) em geral, etc, além de ampliar a participação em conselhos de administração e comitês de auditoria e de riscos - diz o sócio da PwC, que em 2011 contratará 650 trainees, o que representa aumento de cerca 25 % em relação a 2010.
Com o desenvolvimento das empresas, o papel da controladoria e da divisão de relacionamento com investidores e acionistas ganha novo contorno, observa José Luiz de Souza Gurgel, professor da Trevisan Escola de Negócios e sócio da BDO Brazil:
- Não menos relevante mencionar é a área de educação. O desenvolvimento das empresas brasileiras, com investimentos estrangeiros e adoção de práticas contábeis internacionais, traz uma imensa necessidade de treinamento do contingente de profissionais da área contábil e de finanças no país. Adicionalmente, temos observado um forte processo de consolidação da área educacional, inclusive com a entrada de players internacionais, o que contribui para o aumento de demanda desses profissionais para atuar na área acadêmica.
Além da graduação em contabilidade, para estar atualizado para o mercado, o profissional pode buscar cursos de extensão em finanças e gestão, além de participações em seminários, treinamentos e outros fóruns de discussões acerca de novas regras contábeis. Diversas entidades oferecem cursos regulares para tratar de temas específicos em contabilidade, entre elas, os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) e o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon).
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