Fonte: Agência Ambiente Energia
Em, 19/07/2010.
Com investimentos em fontes alternativas como eólicas, biomassa, solar e eficiência energética, as empresas de energia começam a colocar em marca um verdadeira “revolução tecnológica”, como aponta o recém lançado estudo Perspectivas em Tecnologias Energéticas 2010, da Agência Internacional de Energia, que aponta cenarios e estratégias para 2050. Segundo o estudo, no cenário base, as emissões de CO2 relacionadas à produção de energia, praticamente, duplicam. No cenário Blue, as emissões de CO2 ligadas à geração de energia diminuem 50%. No primeiro cenário, a intensidade diminue para 459 g/kWh, enquando no outro cenário, ela baixa para 67 g/kWh.
A preocupação em reduzir as emissões e entrar no terreno da economia de baixo carbono, aos poucos, entra também na pauta das empresas brasileiras de geração de energia elétrica. É o que mostram as iniciativas tocadas por Cesp, EDP no Brasil, Eletrobras Furnas, Petrobras e Copel, que participam do Programa Brasileiro GHG Protocol. Elas estão na lista das 35 companhias brasileiras que participam do Registro Público de Emissões, estando na dianteira da economia de baixo carbono.
A Cesp, por exemplo, desenvolve há dois anos um trabalho de Inventário de Gases de Efeito Estufa e o Plano de Redução de Emissões, sendo a primeira do setor de energia elétrica a fazer um relatório completo com base no Greenhouse Gas Protocol, em 2008. Como resultado o plano gerou para a empresa, em 2009, redução de 39% no consumo de combustíveis fósseis e de 5,4% no consumo de energia elétrica.
A EDP, que começou a fazer o inventário de emissões há seis anos, aderiu em 2008, como membro fundador, ao Programa Brasileiro GHG Protocol. Neste primeiro registro de emissões, a empresa está enquadrada na categoria Ouro, por divulgar um inventário completo e auditado, que contempla suas diversas operações e as emissões de CO2 provenientes da sua cadeia de valor.
“Esta é uma iniciativa extremamente séria, que exige práticas de gestão rigorosas e muita transparência na prestação da informação. Participar do programa constitui uma demonstração concreta do compromisso com a adoção de ações necessárias para lidar com a questão das alterações climáticas”, afirma António Pita de Abreu, diretor-presidente da EDP no Brasil.
Outro bom exemplo é a Eletrobras Furnas, que concluiu em 2008 o Projeto Balanço de Carbono, que fez um diagnóstico do nível de emissões de carbono dos reservatórios de oito usinas hidrelétricas do seu parque gerador, além de ter identificado as rotas de ciclo de carbono e os fatores ambientais relacionados a este processo. O trabalho também gerou contribuições para uma linha de ação do Sistema Eletrobras, a partir da criação do Grupo de Trabalho sobre Emissões de Gases do Efeito Estufa (GT3). Uma de suas tarefas é elaborar e atualizar inventários de GEE.
O trabalho destas empresas na busca por reduzir suas pegadas de carbono será tema do 1º GHG Protocol Energia – Práticas com Inventários de Emissões de GEE no Setor de Energia, que o Portal Ambiente Energia promoverá no dia 19 de agosto, no Rio de Janeiro. O objetivo é contribuir para a disseminação deste conhecimento e troca de experiência entre as empresas brasileiras de energia, ajudando-as a preparar seus futuros inventários de emissões de GEE, além de contribuir para a difundir os conceitos e metodologias do GHG Protocol. O evento já conta com o apoio do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE), da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE) e da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine).
Nenhum comentário:
Postar um comentário