Artigo em versão preliminar apresentado no dia 30 de novembro de 2010 no XXVI Simpósio de gestão da Inovação Tecnológica da ANPAD.
Ganhou o prêmio de 1º lugar (melhor trabalho) e fast track para a revista RAUSP.
Resumo:
Os Capitais Intangíveis são fundamentais para o ganho da competitividade das empresas como mostraram estudos como sendo a combinação de diferentes elementos de ativo intangível e investimentos tangíveis que determinam a vantagem competitiva. Sempre existiu o interesse em entender esse valor intangível que aparece na diferença entre o valor contábil e o valor de mercado de uma empresa. Todavia, boa parte dos capitais intangíveis como as informações sobre atividades e projetos pesquisa e desenvolvimento (P&D) em andamento, a capacidade de criatividade dos funcionários, o nível técnico, processos de gestão, marca, know-how, entre outros, quase não existem nas demonstrações financeiras das empresas, mas aparecem no valor de mercado delas. As limitações das informações nos relatórios financeiros têm motivado um diálogo evoluindo na busca de novas formas de medir e informar sobre os capitais intangíveis de uma empresa. Há uma multiplicidade de abordagens e novas medidas, verificando-se que não há um consenso geral sobre os limites de quantidades de categorias, ou mesmo em que categoria um determinado tipo de intangível pode se enquadrar. Nesse contexto, esse estudo objetivou verificar qual a frequência e o tipo de divulgação e em quais setores e empresas do segmento de alta tecnologia listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mais divulgam informação sobre itens de Capital Intelectual (CI). Para o alcance do objetivo realizou-se uma pesquisa do tipo análise de conteúdo onde se analisou, com abordagem qualitativa, os 57 relatórios financeiros coletados no sitio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com data de 31/12/2009 de empresas caracterizadas de alta tecnologia. Os resultados destacam que, no conjunto, os setores de telecomunicações, de máquinas e equipamentos e da indústria de veículos automotores, reboques e carroceria foram os que mais divulgaram itens de CI. A maior parte desses itens, isto é, os mais divulgados está relacionada a categoria estratégia. Na sequência, as outras categorias com mais itens divulgados foram o capital cliente e o capital humano. Com relação à qualidade das divulgações o tipo mais divulgado foi de natureza declarativa, apontando baixa qualidade na informação. Outrossim, o resultado apresentou que as empresas que mais divulgaram não necessariamente tiveram maiores faturamento bruto. O resultado não reforça a hipótese de que empresas com mais divulgação de CI tem maiores faturamentos. Com relação à qualidade da informação das empresas que divulgaram mais e que tiveram maiores faturamentos ao mesmo tempo, identificou-se que a maior parte das divulgações foi do tipo descritiva, ou seja, a informação pode ser considerada como de baixa qualidade. Nesse sentido, conclui-se que o nível e a qualidade das informações dos Capitais Intangíveis divulgados pelas empresas do segmento de alta tecnologia nos relatórios financeiros, ainda são insipientes. Finalmente, após o exame detalhado dos itens de CI neste estudo é possível encontrar a origem do valor “oculto” de uma empresa em um ou mais aspectos do Capital Humano, do Capital Cliente, do Capital Organizacional, das Estratégias ou da P&DI.
Autores:
Alessandro Pereira Alves, Pierre Ohayon
Maiores detalhes: http://www.anpad.org.br/evento.php?acao=subsecao&cod_edicao_subsecao=562&cod_evento_edicao=55
Nenhum comentário:
Postar um comentário