O Polo Tecnológico de Londrina (PTL) foi instituído juridicamente em 2002, mas devido a diversos problemas, principalmente políticos e de cunho burocrático, só começou a funcionar mesmo a partir de 2007.
Segundo Vieira (2005 p. 84) desde a criação da cidade de Londrina no Paraná na década de 1930, até meados da década de 1970, a cidade era dependente basicamente da cafeicultura e, após a instalação dos centros de pesquisa e universidades que ocorreram na década de 1970 que a comunidade científica local passou a se organizar e a reivindicar ações, por parte do Município e Estado, que apoiassem o desenvolvimento tecnológico. Assim, durante a década de 1980, o desenvolvimento das ações de C&T em Londrina foi acontecendo sem muito apoio dos governantes locais.
Mas, em outubro de 1993, o projeto do Polo Tecnológico de Londrina (PTL) começou a sair do papel com a criação de uma associação para promover e articular o desenvolvimento tecnológico da região, a Associação do Desenvolvimento Tecnológico de Londrina (ADETEC). A instituição é responsável pela concepção do projeto do Polo Tecnológico de Londrina. Desta forma, a cidade de Londrina passou a ter uma instituição focada na busca de soluções para a promoção do desenvolvimento tecnológico da região.
Além da ADETEC, durante a década de 1990 foram criadas várias instituições voltadas para o desenvolvimento tecnológico na região, como:
• a Incubadora Industrial de Londrina (INCIL), criada em 1994 ( que por motivos de redução de gastos foi desativada em 2001;
• a implantação do Centro Softex Gênesis/GeNorP , no ano de 1995;
• a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (FAPEAGRO), em 1996 ;
• a Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa Agropecuária, criada em 1999; e
• a criação, da Incubadora Internacional de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina (INTUEL), em 1999;
Além disso, o Polo tem como âncora tecnológica os Laboratórios Metrológicos do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (IPEM), vinculados ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) e parcerias formais e informais com a Associação Comercial e Industrial de Londrina - ACIL, FIEP - Federação das Indústrias do Estado do Paraná - FIEP/IEL, Empresas Associadas; com a UEL, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), EMBRAPA/Soja, Prefeitura de Londrina, Governo Estadual e Governo Federal entre outras.
De acordo com Vieira (2005 p. 84) entre os anos de 2000 e 2002, houve todo um processo de construção do que seria uma solução viável e factível, respeitando as características regionais, para ser implantado em Londrina. Dando continuidade aos trabalhos de conscientização realizados durante toda a década de 1990, houve a realização de palestras e seminários regionais. Também foram publicados artigos científicos em congressos nacionais e internacionais, para validar os fatos que estavam acontecendo em Londrina, bem como para provocar um aprendizado com as experiências de outros locais.
O PTL possui como instituições responsáveis, a Companhia de Desenvolvimento de Londrina – CODEL, órgão este designado legalmente para representar a Prefeitura Municipal de Londrina, e a Associação do Desenvolvimento Tecnológico de Londrina e Região – ADETEC, uma organização não governamental voltada para o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (C&T).
Apesar de toda a estrutura e diversos benefícios disponíveis o Polo de Londrina ainda não decolou. De acordo com informações divulgadas no programa de TV Jornal do Paraná em outubro de 2010, o projeto criado para concentrar novas empresas de tecnologia ainda não atraiu investidores, assim ainda é pouco utilizado por empresários. Segundo o noticiário, até outubro de 2010, apenas o Instituto de Pesos e Medidas - IPEM e mais duas empresas se instalaram na região, deixando boa parte da estrutura vazia.Uma das empresas tem como atividade principal a tecnologia de vedação, a outra é de fabricação de produtos odontológicos, sendo insuficientes para a realização de cooperação e difusão de tecnologia.
Os principais problemas do Polo estão ligados a burocracia na realização de licitações para a conclusão das obras da estrutura local do Tecnocentro e a falta de políticas públicas para a atração de empresas.
Assim, para ser um centro difusor tecnológico o PTL ainda precisa resolver esses problemas locais com a infraestrutura do Tecnocentro e precisa conseguir atrair um número maior de empresas para a região.
Apesar disso, só o fato de o PTL ter saído do papel já representa um grande avanço para a região, agora é dar continuidade, não dar bola para a politicagem e não deixar a peteca cair.
Principais Fontes:
Paraná TV – RPCTV (afiliada a Globo no Paraná), 10 de outubro de 2010. Programa de TV. Parque Tecnológico de Londrina ainda é pouco utilizado por empresários. Pólo criado para concentrar novas empresas de tecnologia não atrai investidores. Acesso em 20 dez. 2010.
VIEIRA, Saulo Fabiano Amâncio. O Parque Tecnológico de Londrina: uma análise à luz da Teoria Neo-Institucional. 2005, 194 f. Dissertação (Mestrado em Administração). Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Estadual de Maringá em consócio com a Universidade Estadual de Londrina, Maringá, 2005.
Descrição da principal instituição e empresas localizadas no PTL:
IPEM - Instituto de Pesos e Medidas do Paraná
Primeira âncora do Parque. Possui dois laboratórios de metrologia e certificação, de suporte à área têxtil/confecções e à área química. O principal diferencial dos laboratórios em Londrina é que estes pertencem a órgãos do governo e, portanto, não visam lucro.
Ângelus Indústria de Produtos Odontológicos Ltda.
É uma empresa genuinamente londrinense, fundada na INCIL – Incubadora Industrial de Londrina em 1994 e que, hoje, exporta produtos utilizados em consultórios dentários para países de vários continentes. A Ângelus trabalha com tecnologia de fabricação de produtos odontológicos. Fabrica mais de 40 diferentes produtos para as áreas de tratamento odontológico, próteses de laboratório e endodontia, desenvolvidos em parcerias científicas com profissionais da área e de universidades.
International Seals Tecnologia em Vedação Ltda.
Empresa de tecnologia de vedação, com matriz em São Paulo. Além de Londrina, a International Seals possui mais duas unidades, uma em Ribeirão Preto e outra na região de Santos. A empresa produz, por exemplo, fios trançados utilizados para suportar altas temperaturas, como na extração de petróleo e também isolantes de elementos tóxicos nocivos à atmosfera para parques industriais químicos.
Descrição da principal instituição e empresas localizadas no PTL:
IPEM - Instituto de Pesos e Medidas do Paraná
Primeira âncora do Parque. Possui dois laboratórios de metrologia e certificação, de suporte à área têxtil/confecções e à área química. O principal diferencial dos laboratórios em Londrina é que estes pertencem a órgãos do governo e, portanto, não visam lucro.
Ângelus Indústria de Produtos Odontológicos Ltda.
É uma empresa genuinamente londrinense, fundada na INCIL – Incubadora Industrial de Londrina em 1994 e que, hoje, exporta produtos utilizados em consultórios dentários para países de vários continentes. A Ângelus trabalha com tecnologia de fabricação de produtos odontológicos. Fabrica mais de 40 diferentes produtos para as áreas de tratamento odontológico, próteses de laboratório e endodontia, desenvolvidos em parcerias científicas com profissionais da área e de universidades.
International Seals Tecnologia em Vedação Ltda.
Empresa de tecnologia de vedação, com matriz em São Paulo. Além de Londrina, a International Seals possui mais duas unidades, uma em Ribeirão Preto e outra na região de Santos. A empresa produz, por exemplo, fios trançados utilizados para suportar altas temperaturas, como na extração de petróleo e também isolantes de elementos tóxicos nocivos à atmosfera para parques industriais químicos.
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