quinta-feira, 27 de maio de 2010

Governo quer lançar incentivo para carro elétrico

Objetivo é aumentar a demanda pelos veículos, com IPI reduzido, e também a oferta, com pesquisa no setor



     Carro elétrico Volt, da GM, com lançamento previsto para o final de 2010

Rio de Janeiro - O governo pretende lançar na semana que vem um programa de incentivo ao desenvolvimento de veículos elétricos no Brasil. A informação foi dada hoje pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Ele faz parte de um grupo criado no fim do ano passado para discutir a questão. Em palestra no XXII Forum Nacional, Barbosa contou que o grupo de trabalho foi criado na esteira da concessão de benefícios fiscais a produtos da linha branca que consomem menos energia.

"A ideia é tentar repetir o modelo no mercado automotivo. Já há, inclusive, um sistema de etiquetagem compulsória de veículos que deve ser posto em prática", disse Barbosa. Além da etiquetagem, o plano de desenvolvimento do veículo elétrico terá outras quatro linhas de atuação: a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para este tipo de veículo, de forma gradual a fim de evitar aumento de importações; maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento, com a criação de um centro de tecnologia automotiva semelhante ao da Embrapa na agropecuária; usar as compras governamentais para criar demanda pelos veículos híbridos, e, por último, incluir essa tecnologia no planejamento energético nacional, que terá de pensar soluções de infraestrutura para atender a nova demanda.

Neste último quesito, Barbosa lembrou que o crescimento do consumo é pequeno (estudos de Itaipu indicam que, se 10% dos carros brasileiros fossem movidos a energia elétrica, a demanda adicional de energia seria de 0,2%), mas são necessários pontos de abastecimento com voltagem superior a 220 volts. Barbosa acredita que o Brasil pode desenvolver uma tecnologia inédita de veículos híbridos utilizando biocombustíveis em vez de gasolina, juntamente com as baterias elétricas.


Fonte: Portal Exame.com

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